Parâmetros moleculares e imunes predizem resposta patológica completa em câncer de mama HR+/HER2- em diferentes propostas de neoadjuvância - Oncologia Brasil

Parâmetros moleculares e imunes predizem resposta patológica completa em câncer de mama HR+/HER2- em diferentes propostas de neoadjuvância

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Mammaprint High (MP2) e BluePrint Basal destacam-se como bons preditores de resposta patológica completa em pacientes HR+/HER2- em terapia neoadjuvante com diferentes agentes, enquanto a assinatura imune é capaz de identificar chances de pCR na proposta com pembrolizumabe

O estudo clínico de fase II, I-SPY2, teve inicialmente como objetivo avaliar o potencial de múltiplos agentes em combinação com a quimioterapia padrão (paclitaxel e antraciclina) em modelo neoadjuvante de câncer de mama de alto risco, com estadiamentos II e III. Diante da heterogeneidade molecular e imunológica dos subtipos de câncer de mama receptor de hormônio positivo e HER2 negativo (HR+/HER2-), Laura Ann Huppert e colaboradores apresentam na Reunião Anual da ASCO de 2022 resultados referentes a investigação de possíveis preditores de resposta patológica completa (pCR) na coorte de I-SPY2. 

Os agentes foram administrados semanalmente em conjunto com o tratamento padrão. No estudo apresentado, os regimes de tratamento foram graduados quando a taxa de pCR para qualquer assinatura atingisse o threshold de 85% de probabilidade de sucesso em um estudo clínico de fase III randomizado com 300 pacientes, sendo que apenas pembrolizumabe atingiu tal índice. As taxas de pCR de cada agente foram avaliados conforme os seguintes parâmetros clínicos/moleculares: BluePrint (BP) Luminal vs. Basal, MP1 (Mammaprint High) vs. MP2, Responsive Predictive Subtype-5 (RPS-5), histologia, e estadiamento/comprometimento linfonodal. 

No estudo, 379 dos 987 pacientes foram diagnosticados como HR+/HER2-. De modo geral, as taxas de pCR são maiores em pacientes com MP2 do que MP1 (30% vs. 11%) sendo que maior frequência de pacientes com BP Basal são MP2 do que aqueles com BP Luminal (77% vs. 8%), diante disso, dentre os braços do estudo, à exceção do agente MK2206, pacientes com BP Basal têm maiores chances de atingirem uma pCR. Independente do BluePrint, o parâmetro imune presente no RPS-5 (Immune+) é capaz de predizer pCR no tratamento com pembrolizumabe (11 de 16 pacientes com pCR). 

Dentre os principais achados, o estudo de preditores do I-SPY2 demonstra que MP2 e BP Basal são capazes de predizer resposta à terapia neoadjuvante por parte dos subtipos de câncer de mama HR+/HER2-, ao passo que a assinatura imune do RPS-5 prediz especificamente resposta no braço tratado com pembrolizumabe em neoadjuvância. Esses achados, permitem direcionamento para os tratamentos que otimizem a pCR em pacientes HR+/HER2-. 

 

Referência:  

Laura Ann Huppert et al. Pathologic complete response (pCR) rates for HR+/HER2- breast cancer by molecular subtype in the I-SPY2 Trial. ASCO 2022. 

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