O Dr. Antônio Medina de Almeida, hematologista do Hospital da Luz em Lisboa, Portugal, comentou sobre o uso de ponatinibe, um inibidor de tirosina quinase (TKI, do inglês tyrosine kinase inhibitor) com múltiplos alvos, no manejo da leucemia mieloide crônica (LMC), após falha a duas linhas de tratamento. O tema foi abordado por ele em sessão do HEMO 2019, congresso da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, que ocorreu no Rio de Janeiro, de 06 a 09 de novembro.
O médico ressaltou a importância do evento, que reúne especialistas de todo o Brasil e do exterior, para discutir as principais atualizações no tratamento de doenças hematológicas. Ele enfatizou que, apesar dos grandes avanços terapêuticos da última década, o tratamento da LMC continua em evolução e o tema ainda gera grande interesse na comunidade científica.
Nesse cenário, o Dr. Antônio lembrou que o ponatinibe é um potente TKI, com excelentes taxas de resposta em pacientes com LMC, mesmo como terceira linha de tratamento. Lembrou ainda que a medicação é eficaz também no tratamento de leucemia linfoblástica aguda com cromossomo Philadelphia positivo, com respostas que tendem a melhorar quanto antes for feita a introdução da mesma na terapêutica desses pacientes.
Por fim, o hematologista pontuou a importância de se divulgarem dados e de se lutar por maior acesso a medicações como o ponatinibe. E concluiu: “É só como comunidade, conhecendo o valor acrescentado de uma nova terapêutica, que conseguimos convencer o acesso e dar o melhor para nossos pacientes”.
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