Este foi um estudo retrospectivo em banco de dados de pacientes com carcinoma de pulmão de células não pequenas estádio I operados que avaliou o peso prognóstico da invasão linfo-vascular (LVI) e da pleura visceral (VPI).
De 3518 pacientes, 2633 foram analisados. Destes, 1659 pacientes eram LVI (-) e VPI (-), 138 eram LVI(+) e VPI(-), 752 eram LVI(-) e VPI (+), e 84 eram LVI(+) e VPI(+). Os pacientes foram analisados conforme parâmetros demográficos, tabagismo, co-morbidades, função pulmonar, estadiamento com PET-CT, tipo de procedimento cirúrgico, histologia e tamanho do tumor.
Os pacientes foram analisados quanto a sobrevida, pautados em tamanho do tumor (entre zero e 3,0 cm, e de 3,0 a 4,0 cm), LVI e VPI. A sobrevida foi progressivamente piorando quanto maior o tumor, e também com a presença de LVI e VPI, tendo a LVI um maior peso negativo no prognóstico.
Os autores sugerem que os tumores 0-3 cm com LVI sejam elevados a T2a, ao invés de T1a-c, assim como os tumores 3-4cm sejam também elevados, criando o estádio IC (tendo como referência a 8a. edição do TNM). O estudo é interessante como gerador de hipótese, mas carece de dados de validação em um banco de dados maior, a fim de eventualmente fazer com que a LVI entre como descritor do estadiamento TNM.
Fabio J. Haddad
Cirurgião Torácico, A.C.Camargo, BP-SP, Hospital Sírio-Libanês, membro do GBOT.
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