Neste vídeo, o Dr. Rodrigo Munhoz, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, discute as estratégias envolvendo quimioterapia adjuvante para o tratamento de melanoma de mucosa abordadas em um importante estudo apresentado na sessão oral da conferência da American Society of Clinical Oncology – ASCO 2023®. Assista e confira na íntegra!
O tratamento de Melanoma de mucosa (MM) ressecado tem se apoiado, atualmente, na quimioterapia à base de temozolomida + cisplatina que demonstrara melhores benefícios em adjuvância do que as altas doses de interferon-α2b. No entanto, com o aumento progressivo da aplicação dos inibidores de checkpoints e os benefícios clínicos que esse tem oferecido em diversos tipos tumorais, a imunoterapia torna-se uma alternativa interessante para esse cenário. Diante da ausência de comparações entre quimioterapia adjuvante e imunoterapia adjuvante no tratamento de MM ressecado, o estudo de Bin Lian e colaboradores busca avaliar comparativamente a eficácia entre a quimioterapia e o anti-PD1, toripalimabe.
Foram incluídos 247 pacientes, dos quais 78 receberam toripalimabe (3mg/kg a cada 2 semanas) e 169 quimioterapia. De modo a se obter uma amostragem balanceada, o score de propensão pareou 65 pacientes de cada grupo para subsequentes comparações. Com mediana de follow-up de 52,6 meses (95% CI: 44,6-66,6 meses), os pacientes que receberam quimioterapia apresentaram sobrevida livre de recidiva (SLR) prolongada (28,2 vs. 12,0 meses; Harzard Ratio (HR)=0,64, 95% CI: 0,42-0,98; p=0,04), além de sobrevida livre de doença metastática e sobrevida global (93,4 vs. 39,3 meses; HR=0,56; 95% CI: 0,33-0,94; p=0,03) igualmente prolongadas.
Os resultados apresentados demonstram que, no contexto de terapia adjuvante em melanoma de mucosa ressecado, a quimioterapia apresenta melhor performance do que a imunoterapia com bloqueio de anti-PD-1.
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