Resultados de Osimertinibe em Pacientes com Mutações Incomuns de EGFR são Apresentados - Oncologia Brasil

Resultados de Osimertinibe em Pacientes com Mutações Incomuns de EGFR são Apresentados

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A melhor opção de tratamento para pacientes com mutações raras em EGFR permanece uma questão em aberto. No estudo FLAURA, que aprovou o uso de osimertinib na primeira linha de tratamento, não foram incluídos pacientes com mutações raras.

O estudo OA10.05 – An Open-Label, Multicenter, Phase II Single Arm Trial of Osimertinib in NSCLC Patients with Uncommon EGFR Mutation buscou avaliar a efetividade do osimertinib nesse cenário: trata-se de um estudo de fase II, de braço único, conduzido em diferentes centros asiáticos, que incluiu pacientes com adenocarcinoma EC IV e com mutações incomuns do EGFR (inserções no exon 20 e T790M não foram permitidas). Os pacientes não poderiam ter sido previamente expostos a TKI. O desfecho principal foi taxa de resposta e os desfechos secundários PFS e segurança. Ao todo, 35 pacientes foram incluídos, sendo as mutações G719X e L861Q as mais comuns, encontradas em 54 e 26% dos pacientes, respectivamente. A taxa de resposta foi de 51%, enquanto o PFS foi 8,2 meses. O estudo sugere ainda que as respostas podem ser diferentes dependendo do tipo de mutação encontrada. A tolerância foi semelhante aos estudos prévios da droga.

Portanto, o estudo demonstrou atividade do osimertinib em mutações infrequentes do EGFR, ainda que aparentemente inferior àquela observada nas mutações comuns, tanto em termos de taxa de resposta como em PFS. Por se tratar de um estudo não randomizado, de braço único, não é possível fazer uma análise comparativa com outros TKIs, sobretudo de segunda geração como afatinibe. Novos estudos, preferencialmente prospectivos e randomizados, são desejados para tentar buscar uma resposta definitiva a essa questão.

 

Guilherme Geib

Oncologista clínico de Porto Alegre e membro do GBOT.

 

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