[VÍDEO] Resultados dos estudos PROSPER e SPARTAN: esperança para pacientes com câncer de próstata

Dr. Evanius G. Wiermann

O primeiro dia do 2018 Genitourinary Cancers Symposium, que está sendo realizado em São Francisco, na Califórnia, foi marcado por uma boa notícia relativa a um cenário considerado até então muito pobre do ponto de vista de evidência de condução, ou seja, o grupo de pacientes com doença refratária à castração não metastáticos.

Essa avaliação foi feita pelo Dr. Evanius Garcia Wiermann, oncologista clínico do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) e do Hospital Vita, de Curitiba. Ele fez um balanço para o Grupo LACOG-GU a convite do Grupo ONCOLOGIA BRASIL. Segundo ele, trata-se de um grupo de pacientes bastante heterogêneo, difícil de ser conduzido por ser de alto risco com valor absoluto do PSA acima de 2 e o tempo de duplicação menor que 10 meses. Quanto mais curto esse tempo de duplicação, mais grave o estado do paciente, com possibilidade de desenvolvimento de metástase.

Dr. Wiermann focou sua análise basicamente no PROSPER e SPARTAN, considerados dois estudos muito parecidos como um todo, cada qual com mais de 1.200 pacientes de alto risco. O especialista explicou que os pacientes foram aleatorizados em dois grupos: um que só recebia a castração e outro que recebia, além da castração, uma droga adicional e um bloqueador do receptor, que são respectivamente a apalutamida, no SPARTAN, e a enzalutamida, no PROSPER.

“Nesse subgrupo de pacientes, percebemos dados que foram muito significativos do ponto de vista de seu desfecho primário, que foi sobrevida livre de metástase, entendendo que metástase nesse cenário é um contexto muito ruim – já é surrogate marker, e entendemos que os desfechos secundários foram bastante consistentes”, comentou o convidado do ONCOLOGIA BRASIL. Ele explicou que não temos ainda um follow up razoável para avaliação de sobrevida nesses dois estudos, mas certamente ambos os grupos foram muito bons.

No caso do SPARTAN, a qualidade de vida do paciente foi inteiramente preservada durante o período de tratamento, dado muito importante na avaliação do Dr. Wiermann, bem como a segunda sobrevida livre de progressão.

“No geral, o balanço é altamente positivo”, reiterou nosso convidado, “uma vez que esses dois estudos colocam novas opções terapêuticas à disposição dos médicos e pacientes”.

Confira abaixo o vídeo com o especialista:

Continue a acompanhar a cobertura do ASCO GU 2018 realizada pela Oncologia Brasil, diretamente de San Francisco, de 8 a 10 de fevereiro.