Revisões em Mieloma são foco da Blood, incluindo novos testes moleculares
A edição atual da Blood traz três excelentes artigos de revisão em mieloma múltiplo:
Na primeira revisão, Zamagni et al discutem qual é a melhor avaliação por imagem no momento do diagnóstico e durante o acompanhamento e descrevem, de forma abrangente, quais são as melhores ferramentas para detectar e monitorar lesões ósseas. Na segunda revisão, Kumar et al discutem o papel do melfalan em altas doses (HDM) no tratamento de pacientes elegíveis para transplante na era de muitas drogas novas com novos mecanismos de ação. O ponto principal desta discussão é se devemos apenas olhar para a sobrevida global (SG) como uma meta de tratamento, ou se a primeira sobrevida livre de progressão (SLP) é importante. Foi demonstrado que a primeira linha com HDM produz SLP significativamente mais longa, mas sem vantagem de SG. No entanto, será esse o caso com o uso de anticorpos monoclonais na primeira linha? Essa é uma questão que precisará ser abordada no futuro.
Finalmente, na terceira revisão, Pawlyn e Davies abordam a questão do tratamento personalizado baseado nas características moleculares da doença. Até o momento, a escolha da terapia para um paciente individual com MM foi baseada em fatores clínicos como idade e comorbidades. A ampla evolução, validação e utilização clínica de tecnologias moleculares, como hibridização in situ por fluorescência e sequenciamento de próxima geração, permitiu a identificação de vários biomarcadores preditivos para SLP, SG e resposta ao tratamento. Estamos prontos para a terapia adaptada ao paciente ou devemos continuar a propor os mesmos tratamentos para todos os pacientes?
