Neste vídeo, Dr. Marcelo Corassa, oncologista clínico e pesquisador da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresenta os dados do estudo LUMINANCE que avalia tanto as taxas de resposta, quanto o perfil de toxicidade em coorte de mundo real após aprovação de durvalumabe + platina + etoposídeo como terapia padrão em CPPC. Vale a pena conferir o conteúdo completo.
O câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) representa de 13-17% dos diagnósticos em câncer de pulmão, e está associado com uma sobrevida em 5 anos de menos de 7% dos pacientes. Dentre os casos de CPPC diagnosticados, 1/3 deles configuram estadiamento extensivo cujo tratamento em primeira linha estabeleceu-se por anos como o esquema platina-etoposídeo. Esse esquema, ainda que com taxas de resposta de 78%, não é capaz de sustentar respostas de longo prazo. A terapia platina-etoposídeo, após estudo clínico de fase III CASPIAN, foi acrescida do fármaco durvalumabe (PD-L1), e com o regime durvalumabe+platina-etoposídeo, assumido a primeira linha de terapia em CPPC, com ganho significativo de de sobrevida global e taxas de pacientes vivos após 3 anos de follow-up.
Tendo em vista a relevância de se avaliar eficácia e segurança em coortes de mundo real, o estudo de fase IIIB, LUMINANCE, incluiu 51 pacientes, em modelo single-arm, que receberam durvalumabe (1500 mg) + platina-etoposídeo (Q3W por 4–6 ciclos). Após mediana de follow-up de 20,6 semanas, 70,6% dos pacientes seguiram em tratamento com mediana de doses de durvalumabe de 5 (1-6) e com 47,1% da coorte tratada com 6 ciclos de platina-etoposídeo.
Ao avaliarmos parâmetros de eficácia, a taxa de resposta objetiva (ORR) confirmada foi de 58,8% (95%CI: 44,2-72,4) e a avaliação de resposta objetiva se dividiu em 58,8% resposta parcial, 25,5% doença estável superior a 6 semanas, 7,8% progressão da doença e 7,8% não avaliados. Com relação à segurança, toxicidades G3 ou superior foram reportados em 64,7% dos pacientes [85% ≤ 4 ciclos e 48,3% > 4 ciclos], 13,7% dos pacientes apresentaram toxicidades imunomediadas, sendo hipotireoidismo a mais comum (5,9%).
Ao incluir pacientes de mundo real e que receberam mais de 4 ciclos de quimio + IO de indução, os resultados do estudo LUMINANCE fortalecem a utilização de durvalumabe + platina – etoposídeo em primeira linha no tratamento de CPPC extensivo. Ainda que esses sejam dados preliminares, futuros resultados de sobrevida livre de progressão e sobrevida global, terão poder de sustentar ainda mais esse plano terapêutico.
No vídeo, Dr. Marcelo apresenta de forma detalhada os resultados do estudo e aborda como esses resultados podem impactar a prática clínica. Vale a pena conferir o conteúdo completo!
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