O Dr. Sandro Cavallero, oncologista clínico do Hospital Adventista de Belém e do Centro de Tratamento Oncológico (PA), discute os dados do estudo TIVO-3, que avaliou o uso de tivozanib em pacientes com carcinoma de células renais (CCR) refratário a diversos tratamentos. O estudo foi apresentado no último dia do Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, simpósio que ocorre em São Francisco (EUA), de 14 a 16 de fevereiro.
O estudo de fase III comparou tivozanib a sorafenibe, em pacientes com CCR já submetidos a pelo menos 2 linhas de tratamento sistêmico. O médico aponta que esse novo inibidor de tirosina quinase se mostra mais seletivo aos receptores de VEGF, com maior meia-vida, o que diminuiria a toxicidade fora do alvo da medicação.
O oncologista enfatiza que os resultados do estudo evidenciaram um ganho no desfecho primário de sobrevida livre de progressão de 5,9 vs. 3,6 meses (HR 0,73), com 18% dos pacientes livres de progressão após 2 anos do início da medicação do braço experimental, número que chegava a 25% no subgrupo de pacientes que haviam utilizado imunoterapia em linhas anteriores. O Dr. Sandro ressalta a importância desse dado, uma vez que ainda há grande incerteza quanto às possibilidades de sequenciamento de tratamento do CCR, sobretudo em pacientes que falharam à imunoterapia, com o tivozanib se mostrando uma opção viável nesses casos. Dados de sobrevida global ainda são aguardados.
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