Apresentado no AACR 2021, estudo RATIONALE 303 comparou a eficácia e a segurança do anticorpo monoclonal versus docetaxel
O estudo RATIONALE 303 (NCT03358875), que comparou a eficácia e a segurança do tislelizumabe versus docetaxel como terapia de 2ª ou 3ª linha para pacientes com câncer de pulmão não–pequenas células (CPNPC) avançado, foi apresentado durante o American Association for Cancer Research (AACR) Annual Meeting 2021.
Pacientes sem mutação driver que falharam a pelo menos uma terapia sistêmica prévia, incluindo platina, foram randomizados 2:1 para receber tislelizumabe 200mg IV a cada três semanas (Grupo A) ou docetaxel 75 mg/m2 IV a cada três semanas (Grupo B).
Os desfechos coprimários foram a sobrevida global (SG) no conjunto de análise por intenção de tratar (ITT) e SG no conjunto de análise PD-L1 alto (≥ 25% de expressão nas células tumorais). Uma análise interina especificada previamente foi conduzida após aproximadamente 426 mortes (76% dos eventos planejados), em que o teste formal de superioridade para sobrevida global foi conduzido apenas na população ITT.
Resultados
Ao todo, 805 participantes foram randomizados (n = 535 para tislelizumabe; n = 270 para docetaxel). Características demográficas foram equilibradas entre os braços. Com um acompanhamento médio de 19 meses (441 eventos de SG), a SG mediana na população ITT foi significativamente maior no Braço A versus B (17,2 vs 11,9 meses; HR 0,64; IC 95% 0,53 – 0,78; P < 0,0001). O benefício da SG também foi observado no conjunto de análise PD-L1 alto (19,1 vs 11,9 meses; HR 0,52; IC 95% 0,38 – 0,71) e na maioria dos subgrupos, incluindo histologia.
No conjunto de análise ITT, a sobrevida livre de progressão (SLP), taxa de resposta objetiva (TRO) e duração de resposta (DDR) também foram superiores no Braço A vs B:
Nos pacientes que receberam tislelizumabe, anemia foi o evento adverso mais comum e pneumonia foi o EA grau ≥ 3 mais frequente. AEs que levaram ao óbito foram de 6,0% para aqueles tratados com imunoterapia e AEs relacionados ao tratamento que levaram à morte foram de 1,5% no braço A. Já para os pacientes que receberam docetaxel, alopecia foi o EA mais comum e neutropenia o EA grau ≥ 3 mais frequente. AEs que levaram à morte foram de 4,3% para os indivíduos que receberam quimioterapia e AEs relacionados ao tratamento que levam à morte foram de 1,6% para o grupo B.
Os pesquisadores concluíram que o tislelizumabe apresenta perfil de tolerância favorável e a SG foi prolongada por 5-7 meses, incluindo melhorias em termos de SLP, TRO e DDR em relação ao docetaxel como terapia de 2 ou 3L em pacientes com CPNPC avançado, independentemente da histologia ou expressão de PD-L1.
Referências:
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