Ensaio clínico avaliou o impacto das diferentes modalidades – autóloga ou halogênica – de TCTHs em pacientes com linfoma periférico de células T e linfoma de células T angioimunoblástico que falharam à terapia de primeira linha
O manejo desses linfomas é difícil e o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTHs) é uma possibilidade terapêutica útil. A dificuldade de se estabelecer qual modalidade será aplicada a qual paciente é, no entanto, um desafio importante a ser esclarecido.
Em ensaio clínico apresentado durante o EHA 2021, 762 pacientes foram randomizados entre o grupo com linfoma periférico de células T e o com linfoma de células T angioimunoblástico e separados entre as duas modalidades de transplante estudadas (autólogo = 450 e halogênico = 312). Os pacientes do grupo halogênico eram mais jovens (idade média 53 anos) que os do grupo autólogo (idade média 58 anos), haviam recebido mais de duas linhas prévias de tratamento e tinham performance status (PS) maior que o do outro grupo. A duração de acompanhamento médio foi de 36 meses para o transplante autólogo e de 54 meses para o halogênico. Para pacientes sensíveis à quimioterapia, a sobrevida global (SG) em quatro anos foi de 56% (IC95%: 49,9-61,7) para o transplante autólogo e de 59,8% para o halogênico (IC95%: 50,8-67,8). A sobrevida livre de progressão (SLP) em quatro anos foi de 43% para a modalidade autóloga (IC95%: 37,2-48,6) e de 54,2% (45,2-62,2) para a halogênica. Em pacientes resistentes à quimioterapia (QT), a sobrevida global em quatro anos foi de 34,1% (IC95%: 23,5-44,9) para o autólogo e de 41,1% (IC95%: 33,4-48,7) no halogênico. Nesse grupo, A SLP em quatro anos foi de, respectivamente, 23,4% (IC95%: 14.9-33) e 37,8% (IC95% : 30.2-45.2).
Os dados demonstraram que a modalidade autóloga apresenta condições mais favoráveis, apesar de os resultados serem próximos e comparáveis. Pacientes com doença resistente à quimioterapia podem ser bons candidatos para a modalidade halogênica.
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