Uso de Trastuzumabe associado a Carboplatina e Paclitaxel no Câncer de Endométrio Avançado - Oncologia Brasil

Uso de Trastuzumabe associado a Carboplatina e Paclitaxel no Câncer de Endométrio Avançado

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A hiperexpressão da proteina HER2 em tumores serosos uterinos e descrita em cerca de 27% das pacientes. Trata-se de tumor com biologia mais agressiva é pior prognóstico. Foi apresentado estudo de fase II com pacientes com carcinoma seroso uterino tratados com carboplatina e paclitaxel associado ou não ao trastuzumabe.

Foram incluídas 61 pacientes com doença avançada ou recorrente e imunoshistoquímica positiva para HER2 3 cruzes ou com amplificação do FISH, com ate 3 linhas de terapia prévias.

A SLP foi maior no braco combinado com trastuzumabe, de 12,6 meses versus 8 meses para o braco quimioterapia isolada (HR 0,44- IC 95% 0,26-0,76). O benefício em SLP foi maior para o braco quimioterapia/trastuzumab em pacientes sem tratamento prévio (17,9 meses versus 9,3 meses, HR 0,4 – IC 95% 0,2-0,8) comparado as pacientes com doença recorrente e uso da combinação (SLP 9,2 meses versus 6 meses, HR 0,14- IC 95% 0,04-0,53).

Dados preliminares de SG mostraram benefício com o uso da combinação Trastuzumabe/Quimioterapia (p=0,02). Os autores concluem que a adição de Trastuzumabe a Carboplatina e Paclitaxel e bem tolerada e aumenta SLP em pacientes com carcinoma uterino seroso com Hiperexpressão de HER2.

Randomized phase II trial of carboplatin-paclitaxel versus carboplatin-paclitaxel-trastuzumab in uterine serous carcinomas that overexpress Her2/neu (NCT01367002). Amanda N. Fader et al.

Dra. Graziela Zibetti Dal Molin – Medica oncologista clinica da Beneficência Portuguesa de São Paulo/BP. Atualmente fellow em oncoginecologia no hospital MD Anderson, em Houston/Texas.