Dr. Luiz Araújo, médico oncologista e pesquisador do Inca e do Instituto COI, resumiu para o Oncologia Brasil os principais pontos da apresentação do Dr. Klaus Pantel, pesquisador da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, que tratou dos avanços no uso da biópsia do sangue. O pesquisador alemão foi um dos destaques da primeira sessão plenária do Congresso neste domingo (15).
Dr. Pantel fez um grande apanhado do perfil da biópsia líquida em oncologia. Seu uso em alguns tumores, como câncer de pulmão, já faz parte da rotina de diversos serviços médicos. Trata-se da possibilidade de diagnosticar as mutações que estão no tumor e podem ser detectadas em pequenos pedaços de DNA que caem na circulação sanguínea, chamados de DNA circulante livre. Isso pode ser feito com a coleta de sangue periférico de plasma.
Dr. Araújo relatou que, além da identificação das células tumorais circulantes (CTCs), o pesquisador alemão apresentou outros aspectos da pesquisa de exosomos, que são a parte fisiológica de nosso organismo, onde as células conseguem secretar vários produtos – entre eles, pedaços de DNA e RNA e micros RNA. “Temos, portanto, vários perfis de biópsia líquida que podem ser acessíveis.”
Painéis multiplex e NGS para todos?
Dr. Pantel destacou ainda que, além dessas tecnologias, cujo uso está cada vez mais amplo, existem outras muito avançadas para fazer multiplexagem, ou seja, em vez de pesquisar uma única biópsia líquida, usa-se painéis multiplex, com destaque para o NGS (next generation sequencing), que permite observar centenas de genes ao mesmo tempo. O NGS é uma espécie de multiplex plus.
Dr. Araújo explicou que essas técnicas “são clinicamente disponíveis, mas de difícil acesso para a maioria dos pacientes”. A tendência, disse ele, é que “os preços caiam e a tecnologia continue avançando”.
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