O Dr. Antônio Carlos Buzaid, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor geral da Oncologia Clínica da BP, comentou o estudo KATHERINE, apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium, que ocorre de 04 a 08 de dezembro em San Antonio (EUA).
O estudo, já publicado no NEJM, avaliou quase 1500 pacientes com câncer de mama HER2+ (quase 70% também com receptores hormonais positivos), com doença localmente avançada, que haviam recebido tratamento neoadjuvante com quimioterapia e terapia anti-HER2. Aqueles pacientes que não atingiram resposta patológica completa foram randomizados para tratamento adjuvante padrão com trastuzumabe (T) ou para o braço experimental com a medicação T-DM1.
O Dr. Buzaid destacou a magnitude do ganho apresentado pelo estudo, cujos resultados evidenciaram robustos harzard ratios (HR) de 0,50 para sobrevida livre de recorrência, HR 0,60 para sobrevida livre de metástases à distância e um HR, não significativo até o momento da análise dos dados, de 0,70 para sobrevida global. O oncologista ressalta ainda que, apesar de menos pacientes na população do estudo terem recebido pertuzumabe neoadjuvante (80% trastuzumabe (T); 20% duplo bloqueio com T e pertuzumabe), o HR para esse subgrupo (HR 0,54) também foi expressivo e significativo.
A eficácia e o custo do T-DM1 adjuvante conferem a esse protocolo, na visão do Dr. Buzaid, o caráter de novo padrão de tratamento. Ele ressalta ainda que o estudo deve impactar em mudanças imediatas na prática clínica dos oncologistas.
A Oncologia Brasil está realizando a cobertura do SABCS 2018, diretamente de San Antonio (EUA).
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