A maioria dos pacientes com câncer de pulmão não conhece os benefícios de atividades físicas regulares, mas novos dados indicam que essa prática pode reduzir significativamente a fadiga e melhorar o bem-estar desses pacientes. Os resultados de dois estudos que serão apresentados na ESMO 2018, que esta sendo realizada em Munique na Alemanha, nos dias 19-23 de Outubro, reforçam o valor da atividade física, inclusive para pacientes com câncer de pulmão metastático ou avançado. Os pesquisadores apontam, além de melhora dos sintomas, a possível contribuição de exercícios para maior tolerância ao tratamento e, indiretamente, melhor controle da doença.
Segundo um novo estudo australiano, mais da metade (54%) dos pacientes com câncer avançado que completaram uma pesquisa sobre exercícios físicos não sabiam dos benefícios de se exercitar e apenas 22% alcançaram níveis saudáveis de atividade física. A pesquisa reforça que a prática de atividade física deve ser encarada como parte essencial do tratamento contra o câncer. O estudo também revelou que o suporte social e a prática de atividade física estavam intimamente interligados, com pacientes com maior suporte se mostrando mais ativos.
Um segundo estudo, realizado na Alemanha, com 227 pacientes com câncer de pulmão metastático ou avançado, randomizou os mesmos para 24 semanas de atividade física 3 vezes na semana, por até 45 minutos, ou somente acompanhamento regular. Os resultados mostraram que que aqueles que realizavam exercícios físicos aeróbicos e de fortalecimento muscular regularmente e que completaram pelo menos 70% do programa tinham melhora significativa de quase 10% nos escores de sintomas (principalmente fadiga e bem-estar) durante a quimioterapia. Pela primeira vez mostrou-se benefício em se realizar atividades físicas para pacientes em tratamento paliativo para câncer de pulmão.
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