Dr. Max Mano, oncologista clínico especialista em câncer de mama, do Hospital Sírio-Libanês, comentou o estudo KATHERINE, de sua coautoria, apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium, que ocorre de 04 a 08 de dezembro em San Antonio (EUA).
O estudo, publicado simultaneamente no NEJM, avaliou quase 1500 pacientes com câncer de mama HER2+, com doença localmente avançada, que haviam recebido tratamento neoadjuvante com quimioterapia e terapia anti-HER2 (80% trastuzumabe (T); 20% duplo bloqueio com T e pertuzumabe). Aqueles pacientes que não atingiram resposta patológica completa foram randomizados para tratamento adjuvante padrão com T ou para o braço experimental com a medicação T-DM1. O desfecho primário avaliado era sobrevida livre de recidiva de doença invasiva/metastática.
Os resultados da análise interina do trabalho evidenciaram 88% dos pacientes vivos em 3 anos no grupo de T-DM1 contra 77% no grupo de T (HR 0,50; IC 95% 0,39-0,64; P < 0,001), com um ganho absoluto de mais de 11% favorecendo o braço experimental, ganho esse que, conforme destacou o oncologista, supera inclusive aqueles vistos nos estudos anteriores de trastuzumabe adjuvante. O Dr. Max Mano ainda enfatiza que esses resultados devem mudar imediatamente a prática clínica dos oncologistas, e o T-DM1 deve se tornar o tratamento adjuvante de escolha, para aquelas pacientes que se encaixarem nos critérios do estudo.
A Oncologia Brasil está realizando a cobertura do SABCS 2018, diretamente de San Antonio (EUA).
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