[VÍDEO] - Resumo do ASH 2018 por Dr. Phillip Scheinberg - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Resumo do ASH 2018 por Dr. Phillip Scheinberg

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No final do ASH, em San Diego, o Oncologia Brasil entrevistou o Dr. Phillip Scheinberg, coordenador da Hematologia do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, que oferece um panorama do Congresso.

Mielodisplasia

Sem muita novidade, apesar de ter ocorrido numa sessão plenária. Houve a apresentação de uma droga antiTGF beta para síndrome mielodisplásica com sideroblasto em anel que mostrou resultado, comparado com placebo. Vocês devem ouvir mais sobre essa droga. Outras combinações com Anti PD-L1 não foram efetivas.

LMA

Terapia-alvo IDH1/2 para pacientes com essas mutações. Há muita coisa sendo discutida em combinação com outras terapias. Venetoclax em LMA em pacientes que não toleram quimioterapia: há muita novidade nesse sentido, amplamente discutida nas sessões orais, debates e comentários pelos corredores do Congresso. Então terapia-alvo e venetoclax foram destaques.

Linfomas

Um pouco  de cautela nesse tema. Associações de ibrutinibe com R-CHOP em  pacientes com tipo de linfoma não GCBnão foram resultados tão promissores, provavelmente por conta da toxicidade quando se associa a essas drogas. Em pacientes mais jovens, talvez algum benefício, mas em pacientes com mais idade pode haver problemas, principalmente em relação ao linfoma difuso de grandes células B.

Para linfoma T, há a combinação do brentuximabe com esquema ciclofosfamida, prednisona e adremicina, que está sendo comentado como superior ao esquema CHOP. Agora precisamos acompanhar os resultados com subtipos de linfoma T. Para linfoma de baixo grau indolente, lenalidomida com rituximabe foi superior ao rituximabe em pacientes recidivados e refratários, mostrando mais uma vez que o papel da lenalidomida está se consolidando no espaço do linfoma.

Mieloma múltiplo

Sem muitas novidades. Houve atualizações dos estudos com combinações envolvendo daratumumabe, lenalidomida, dexametasona, com bortezomibe. Então temos um seguimento mais a longo termo com carfilzomibe também em combinação com essas drogas e nenhuma grande novidade.

Leucemia linfocítica crônica

Aqui temos novidades. Muito eficazes as combinações com venetoclax e rituximabe, venetoclax com ibrutinibe com ou sem anticorpo antiCD20, respostas profundas no cenário recidivado e refratário, permitindo até descontinuação de drogas com pacientes sem tratamento por vários anos, sem recidiva quando se atinge esse tipo de resposta. Isso foi muito discutido no ASH. E o mais impressionante é a comparação do ibrutinibe com quimioterapia. Então temos ibrutinibe versus bendamustina e rituximabe em pacientes de mais idade e a bendamustina perdendo para o ibrutinibe. Na sessão plenária, foi apresentado estudo onde ibrutinibe versus BR foi superior, mesmo quando se combina ibrutinibe com rituximabe, que não foi melhor do que ibrutinibe sozinho. Outro estudo comparando ibrutinibe com FCR em pacientes que toleram quimioterapia em alta dose também perdeu para o ibrutinibe. Então estamos vendo que as terapias biológicas estão ganhando espaço, em um lugar que ainda era reservado para a quimioterapia em pacientes fit. Em pacientes mais idosos, a bendamustina foi inferior ao ibrutinibe. Estamos vendo essa mudança, essa discussão muito grande aqui no ASH.

Ao fazer um comentário final, Dr. Scheinberg disse que os temas referentes às diferentes combinações de medicamentos para várias doenças hematológicas continuarão em destaque nos próximos meses, a partir das atualizações dos estudos e suas publicações.

A Oncologia Brasil fez a cobertura do evento diretamente de San Diego (EUA).

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