O estudo ALLR3 avaliou os resultados da leucemia linfoblástica aguda de precursores de células B (LLA B) em crianças que tiveram recidivas tardias da medula óssea. Os pacientes foram randomizados para receber idarrubicina ou mitoxantrona na indução e,após 31 de dezembro de 2007, todos os pacientes foram alocados para receber mitoxantrona. Após três blocos de terapia, os pacientes com doença residual mínima alta (≥10−4 células) no final da indução foram alocados para o transplante alogênico de células-tronco e aqueles com doença residual mínima baixa (<10-4 células) no final de indução foram alocados para receber quimioterapia.
Entre 2 de fevereiro de 2003 e 28 de outubro de 2013, foram tratados 228 pacientes. Após um acompanhamento médio de 84 meses, a sobrevida livre de progressão de todos os pacientes foi de 60%. 220 pacientes obtiveram a segunda remissão completa, e doença residual mínima foi avaliável em 192 (87%). Nos 110 pacientes alocados para o transplante de células-tronco, quatro recidivas e três mortes foram relatadas antes do procedimento, e 11 pacientes não foram transplantados. Dos 92 pacientes transplantados, 58 (63%) permaneceram em segunda remissão completa, 13 (14%) morreram de complicações e 21 (23%) tiveram recidiva após o transplante de células-tronco. Em 82 pacientes alocados para receber quimioterapia, uma morte precoce relacionada ao tratamento foi relatada e 11 pacientes foram transplantados. Dos 70 pacientes que continuaram com quimioterapia, 49 (70%) permaneceram em segunda remissão completa, dois (3%) morreram de complicações e 19 (27%) recaíram. Sobrevida livre de progressão em 5 anos foi de 56% naqueles com doença residual mínima alta e 72% (60-81) em pacientes com doença residual mínima baixa (p = 0,0078).
Pacientes com LLA B com recidivas tardias da medula óssea e doença residual mínima baixa no final da indução tiveram desfechos favoráveis com a quimioterapia, enquanto pacientes com doença residual mínima alta se beneficiaram do transplante de células-tronco.
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