Novos dados corroboram eficácia de pembrolizumabe para câncer colorretal MSI-H/dMMR - Oncologia Brasil

Novos dados corroboram eficácia de pembrolizumabe para câncer colorretal MSI-H/dMMR

Pembrolizumabe
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Os inibidores de correceptores imunes são utilizados com sucesso no tratamento de diversas neoplasias. É sabido que essas medicações podem ser especialmente eficazes nos casos em que o tumor é deficiente das proteínas responsáveis pelo reparo de DNA (dMMR, do inglês mismatch repair-deficient) ou possui fenótipo de instabilidade de microssatélites (MSI-H, do inglês microsatellite instability-high). Visando a explorar esse grupo de tumores, uma nova análise do estudo KEYNOTE-164, publicada no Journal of Clinical Oncology, relatou a eficácia do agente anti-PD1 pembrolizumabe em pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) e tumores MSI-H/dMMR após seguimento mais prolongado.

O trabalho avaliou 124 pacientes, expostos previamente a pelo menos duas linhas de tratamento (coorte A, n = 61) para doença CCRm, incluindo fluoropirimidinas, oxaliplatina e irinotecano, associados ou não a anticorpo monoclonal anti-VEGF ou anti-EGFR, ou que haviam recebido uma ou mais linhas de tratamento (coorte B, n = 63). Esse estudo de fase II já servira de base para aprovação de pembrolizumabe pela agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA), para esse grupo de pacientes nos EUA.

Com pacientes recebendo pembrolizumabe em doses fixas de 200 mg, a cada 3 semanas, por dois anos ou até progressão ou toxicidade limitante, os pesquisadores perceberam uma significativa taxa de resposta de 33% em ambas as coortes. A duração de resposta foi longa nos dois grupos, com medianas não atingidas em ambos. Após seguimento de mais de 30 meses, a sobrevida livre de progressão foi de apenas 2,3 meses para coorte A e de 4,1 meses para a coorte B, mas a sobrevida global dos pacientes do primeiro grupo atingiu mediana de 31,4 meses, enquanto na coorte B o valor ainda não fora atingido.

Eventos adversos graus 3-4 ocorreram em 16% dos pacientes da coorte A e 13% dos pacientes da coorte B e houve tendência a maior benefício nos pacientes que receberam o imunoterápico mais precocemente.

Essa análise corrobora os dados já divulgados de eficácia de pembrolizumabe para CCRm com MSI-H/dMMR e reforça a ideia de que, naqueles pacientes que respondem a medicação, o benefício desse agente pode ser muito duradouro. A aprovação dessa medicação para esse grupo de pacientes ainda é aguardada no Brasil.

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