Neste vídeo, Dr. Roy S. Herbst, chefe de Oncologia Médica da Yale Cancer Center e Smilow Cancer Hospital e diretor associado do Centro de Câncer de Ciência Translacional, comenta sobre os dados atualizados do estudo ADAURA, com ênfase para os dados de sobrevida livre de doença no sistema nervoso central, um dos desfechos exploratórios pré-especificados do estudo.
No vídeo, o especialista destaca que o osimertinibe caminha para ser um novo padrão de tratamento neste cenário, e faz uma análise detalhada dos dados deste estudo e os relaciona com sua prática clínica, e ainda levanta as perspectivas futuras sobre o estudo. Vale a pena conferir o conteúdo completo!
Os dados atualizados sobre a sobrevida livre de doença (SLD) e os padrões de recorrência da doença após 2 anos de acompanhamento do estudo ADAURA com o uso de osimertinibe foram apresentados no Congresso ESMO 2022 por Dr. Tsuboi e colaboradores. Dr. Roy Herbst é um dos investigadores do estudo, e neste vídeo dá ênfase para os dados de SLD no sistema nervoso central (SNC) do estudo em questão.
O estudo de fase III ADAURA foi projetado apara avaliar a eficácia e segurança osimertinibe vs. placebo em pacientes com carcinoma de pulmão de células não pequenas (CPNPC) positivo para mutação de EGFR (Ex19Del ou L858R) em estágio IB-IIIA ressecado. Os pacientes elegíveis para o estudo foram randomizados 1:1, para osimertinibe ou placebo por até três anos. Nessa atualização, se mantiveram os desfechos da anterior, sendo o desfecho primário avaliar a SLD em pacientes estágio II-IIIA e os desfechos secundário avaliar SLD em pacientes estágio IB-IIIA, sobrevida global e segurança do tratamento. Padrões de recorrência e DFS do SNC foram desfechos exploratórios pré-especificados
Participaram dessa análise 682 pacientes do mundo todo, sendo 339 no grupo tratados com osimertinibe e 343 no grupo placebo. No braço osimertinibe, o número de pacientes que relataram recorrência da doença local/regional ou ao longo do tempo foi menor vs. braço placebo, a SLD no SNC atingiu um HR de 0,24 em pacientes estágio II-IIIA (IC95% 0,14 – 0,42; 63/470 eventos). O perfil de segurança do osimertinibe se manteve consistente com o anteriormente relatado.
Os autores concluíram que após 2 anos de acompanhamento foi possível observar um benefício contínuo e sustentado na SLD com osimertinibe quando comparado ao placebo, o que foi consistente com a análise primária. Esses dados maduros reforçam o osimertinibe adjuvante como padrão de tratamento para pacientes com CPNPC estágio IB-IIIA com mutação em EGFR após ressecção tumoral completa.
Referência:
1 – Abstract LBA47 – M. Tsuboi et al. Osimertinib as adjuvant therapy in patients (pts) with resected EGFR-mutated (EGFRm)stage IIB-IIIA non-small cell lung cancer (NSCLC): Update results from ADAURA. ESMO Annual World Congress – ESMO 2022
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