Os resultados do estudo ARAMIS acabam de ser apresentados pelo Dr. Karim Fizazi, do Institut Gustave Roussy, no Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, evento que reúne os maiores especialistas em tumores genitourinários do mundo e que está ocorrendo em São Francisco (EUA), entre 14 e 16 de fevereiro.
O estudo randomizou 1509 pacientes com câncer de próstata resistente à castração, mas sem metástases detectáveis por métodos de imagem, para tratamento com terapia de privação androgênica com a adição de darolutamida, um novo antagonista do receptor de androgênio, na dose de 600 mg, duas vezes ao dia, ou placebo. O estudo mostrou uma diferença significativa no desfecho primário de sobrevida livre de metástases favorecendo o braço de darolutamida, com medianas de 40,4 vs. 18,4 meses (HR 0,41; IC 95% 0,34-0,50; 2-sided p < 0,0001).
Observaram-se também ganhos importantes em desfechos secundários, como tempo para progressão de dor (HR 0,65) e sobrevida global (HR 0,71), porém os dados para esse último desfecho ainda não são suficientemente maduros para demonstrar uma diferença estatisticamente significativa. O perfil de toxicidade da medicação foi favorável, com incidência de eventos graus 3-5 comparável ao do grupo placebo. Os autores do trabalho consideram que essa medicação deverá se tornar o padrão de tratamento para esse grupo de pacientes.
O estudo ARAMIS teve publicação simultânea a sua apresentação no New England Journal of Medicine. Para acessar a publicação, clique aqui.
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