Toripalimabe associado a axitinibe mostra resultados promissores no tratamento do melanoma da mucosa metastático
Os escores do perfil de expressão gênica (GEP) de genes selecionados relacionados à imunidade e à angiogênese podem prever a resposta à combinação de toripalimabe e axitinibe
O melanoma da mucosa metastático responde mal à terapia de bloqueio de PD-1 em comparação com o melanoma cutâneo, mas a combinação da inibição do VEGF com o bloqueio de PD-1 pode fornecer oportunidades terapêuticas. Um estudo apresentado no ASCO 2020 Virtual Annual Meeting avaliou a segurança e a eficácia do toripalimabe combinado com axitinibe no tratamento do melanoma da mucosa metastático.
Entre abril de 2017 a abril de 2018, foram incluídos 33 pacientes e não foi observada toxicidade limitante da dose ou morte relacionada ao tratamento. 97% dos pacientes apresentaram evento adverso relacionado ao tratamento, com 39,4% de graus 3-4. Os EAs mais comuns foram: diarreia, proteinúria, síndrome mãos-pés e hipotireoidismo.
Entre 29 pacientes sem tratamento prévio, 14 apresentaram resposta parcial e 11 doença estável, com taxa de resposta global de 48,3% e taxa de controle da doença de 86,2%. A duração de resposta mediana foi de 13,7 meses, a sobrevida livre de progressão foi de 7,5 meses e a sobrevida global mediana foi de 20,7 meses.
A expressão de PD-L1 ou carga de mutação tumoral não apresentou diferenças significativas entre os respondedores e os não respondedores. Por outro lado, os escores do GEP de oito genes selecionados relacionados à imunidade e quatro relacionados à angiogênese mostraram forte correlação com a resposta clínica.
O toripalimabe associado ao axitinibe é uma opção promissora de tratamento para o melanoma da mucosa metastático. Os escores de GEP dos genes selecionados relacionados à imunidade e à angiogênese podem prever a resposta à combinação.
Referências:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 10007)
https://meetinglibrary.asco.org/record/186918/abstract
