Primeiro estudo genomicamente conduzido em meningioma avançado demonstra melhor sobrevida livre de progressão em 6 meses - Oncologia Brasil

Primeiro estudo genomicamente conduzido em meningioma avançado demonstra melhor sobrevida livre de progressão em 6 meses

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GSK2256098, um inibidor da FAK, demonstrou excelente tolerabilidade e resultados promissores, de acordo com estudo Alliance A071401

Pacientes com meningiomas recidivados ou em progressão têm opções limitadas de tratamento. Dr. Olavo Feher, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, comenta sobre o Alliance A071401, primeiro estudo de fase 2 genomicamente conduzido que avaliou a eficácia do GSK2256098, um inibidor da FAK, em meningiomas grau I-III recidivados ou progressivos. A inibição da FAK tem uma relação letal com a perda de NF2, mutação com predominância nos meningiomas.


Foram incluídos 36 pacientes elegíveis com mutações NF2. Eles foram tratados com GSK2256098. O estudo avaliou dois desfechos co-primários: sobrevida livre de progressão de 6 meses (PFS6) e taxa de resposta (RR) pelos critérios de MacDonald. Pelo seu desenho, o estudo seria declarado positivo se qualquer um dos parâmetros fosse atendido.

O RR foi avaliado em toda a coorte e o PFS6 foi avaliado dentro de cada subgrupo. Em todos os graus, um paciente teve resposta parcial e 24 tiveram doença estável como melhor resposta ao tratamento.

Nos pacientes de Grau I, a taxa de sobrevida livre de progressão aos 6 meses (PFS6) observada foi de 83%. Nos pacientes de Grau II / III, a taxa de PFS6 observada foi de 33%. O estudo alcançou o objetivo de eficácia do PFS6, tanto para as coortes de Grau I quanto para as de Grau II / III.

O tratamento foi bem tolerado. Apenas sete pacientes tiveram um evento adverso de grau 3 máximo. As toxicidades entre os pacientes incluíram: proteinúria, erupção cutânea, dor, colecistite, hipertrigliceridemia, apraxia, linfopenia, ALT e AST. Não houve eventos graus 4 ou 5.

GSK2256098 teve excelente tolerabilidade e resultou em melhor taxa de PFS6 em pacientes com meningiomas recidivados ou em progressão com mutação em NF2. A inibição de FAK merece avaliação adicional nessa população de pacientes.

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Referências:
J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 2502)
https://meetinglibrary.asco.org/record/185074/abstract

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