Atualizações dos dados de segurança e eficácia do estudo fase 3 CANDOR são apresentadas no ASH 2020 - Oncologia Brasil

Atualizações dos dados de segurança e eficácia do estudo fase 3 CANDOR são apresentadas no ASH 2020

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Dr. Angelo Maiolino, Professor de Hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Coordenador de Hematologia do Américas Oncologia no Rio de Janeiro, compartilha as atualizações dos dados de segurança e eficácia do estudo fase 3 CANDOR, que randomizou pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário com até três linhas de tratamento prévio em uma proporção 2:1: um grupo experimental em uso de carfilzomibe + dexametasona + daratumumabe (esquema KDD) versus um grupo controle que fez uso de carfilzomibe + dexametasona. 

 

 

Nessa análise atualizada do CANDOR, já com o follow-up prolongado em mais 12 meses e uma mediana de acompanhamento de 27 meses, há uma clara vantagem em termos de sobrevida livre de progressão (SLP) para o grupo que recebeu KDD (25 meses) contra o grupo que recebeu o KD (14 meses). Essa vantagem em termos de eficácia para o primeiro grupo aparece em todos os subgrupos de interesse analisados, particularmente no subgrupo de pacientes que haviam sido expostos à lenalidomida (cerca de 40% dos pacientes) e aos refratários à lenalidomida. Houve ainda vantagens em termos de taxa de resposta e obtenção de doença residual mínima negativa (25% contra 5%). 

Em termos de segurança, não houve diferença entre a análise publicada anteriormente e a atual. Os eventos vasculares de interesse, hipertensão, insuficiência cardíaca, eventos renais foram semelhantes nos dois grupos. Há de se considerar que o tempo de exposição ao KDD no grupo experimental foi muito maior. Quando equacionada essa diferença no tempo de exposição, a análise apresenta muitas semelhanças entre os grupos. Além disso, não houve uma maior saída de pacientes por conta de eventos adversos graves ou fatais no grupo experimental se comparado ao grupo controle. 

Fica, portanto, bastante evidente que o KDD (carfilzomibe + dexametasona + daratumumabe) representa um avanço importante para o tratamento desse grupo de pacientes em recidiva. E, ainda mais importante, constitui um dos tratamentos mais consistentes no subgrupo de pacientes que tinham sido previamente expostos ou refratários à lenalidomida. 

 

Referências: 

CarfilzomibDexamethasoneand Daratumumab Versus Carfilzomib and Dexamethasone in Relapsed or Refractory Multiple MyelomaUpdated Efficacy and Safety Results of the Phase 3 CANDOR Study 

Abstract #2325, ASH 2020. 

Evaluation of Minimal Residual Disease (MRD) Negativity in Patients with Relapsed or Refractory Multiple Myeloma Treated in the CANDOR Study 

Abstract #2282, ASH 2020. 

 

 

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