Existem atualmente poucos dados sobre os efeitos tardios em adolescentes e adultos jovens submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênico (TCTH-alo) em regime de condicionamento mieloablativo para leucemia mieloide aguda (LMA). Um estudo publicado recentemente no Blood Advances avaliou esse cenário e a sobrevida de 826 pacientes após 1 ano livres de doença.
De acordo com a publicação, a incidência acumulada estimada em 10 anos de neoplasias secundárias foi de 4%. Os efeitos tardios não malignos incluíram disfunção gonadal (10%), catarata (10%), necrose avascular (8%), diabetes mellitus (5%) e hipotireoidismo (3%).
Condicionamento com TBI foi associado de forma independente somente ao maior risco de catarata (HR, 4,98; P <0,0001), enquanto doença do enxerto contra o hospedeiro crônica (cGVHD) foi associada ao risco aumentado de catarata (HR, 3,22 ; P = 0,0006), necrose avascular (HR, 2,49; P = 0,006) e diabetes mellitus (HR, 3,36; P = 0,03).
A sobrevida global estimada em 10 anos e a sobrevida livre de leucemia foram de 73% e 70%, respectivamente, e não diferiram com base no tipo de condicionamento.
Quase 25% dos adolescentes e adultos jovens que eram sobreviventes livres de doença 1 ano após o TCH mieloablativo tiveram ≥1 efeitos tardios. Estes efeitos estão mais intimamente ligados ao cGVHD do que ao tipo de condicionamento.
Você pode ler na íntegra aqui: Lee, CJ, Kim, S, Tecca, HR, Bo-Subait, S, Phelan, R, Brazauskas, R et al., Late effects after ablative allogeneic stem cell transplantation for adolescent and young adult acute myeloid leukemia. Blood Adv. 2020. 4(6):983-992.
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