A Dra. Natalia Gandur, chefe do Serviço de Tumores Geniturinários no Instituto de Oncologia Ángel H. Roffo, Universidade de Buenos Aires, pesquisadora principal em Ensaios Clínicos de Câncer Geniturinário e professora de Oncologia, compartilha os resultados finais do estudo CheckMate 9ER, apresentado no ASCO Geniturinário 2025.
A Dra. Natalia explica que este estudo de fase III, com 651 pacientes com carcinoma renal avançado não tratado previamente, avaliou a combinação de nivolumabe (240 mg a cada 2 semanas) e cabozantinibe (40 mg diários), comparada ao sunitinibe (50 mg diários). Os resultados, com um acompanhamento prolongado de 67,6 meses, mostram claramente a superioridade da combinação em vários parâmetros.
A especialista comenta que a sobrevivência livre de progressão foi de 16,4 meses com a combinação, contra 8,3 meses com sunitinibe, representando uma redução de 42% no risco de progressão ou morte. Quanto à sobrevivência global, a Dra. Natalia ressalta que a mediana foi de 46,5 meses para a combinação, comparada a 35,5 meses com sunitinibe, resultando em uma redução de 21% no risco de morte. Em relação à taxa de resposta objetiva, a especialista destaca que a combinação alcançou 55,7%, contra 27,4% no grupo sunitinibe, com 14% de respostas completas (6% no grupo sunitinibe), sendo essas respostas duradouras, com mediana de 22 meses.
Além disso, a Dra. Gandur comenta que os resultados mostraram benefício consistente em todos os locais metastáticos, com uma redução do risco de progressão de 25% a 57%, dependendo da localização. A duração do tratamento foi significativamente maior no grupo da combinação, com uma mediana de 22 meses, comparada a 9 meses no grupo de sunitinibe. Em relação aos eventos adversos, a especialista aponta que 68% dos pacientes que receberam a combinação apresentaram eventos adversos de grau 3-4, contra 55% no grupo sunitinibe, com 14% apresentando eventos imunomediados de grau 3-4, sendo as alterações tireoidianas as mais frequentes.
Esses resultados consolidam nivolumabe + cabozantinibe como uma opção de tratamento de primeira linha de alta eficácia, especialmente em pacientes com risco intermediário ou alto. Não perca a chance de se atualizar com as mais recentes evidências!
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