Os autores do trabalho Video-Assisted Thoracoscopic surgery VS. Thoracotomy for Non-Small Cell Lung Cancer: oncologic outcome of a randomized trial randomizaram pacientes com CPNPC em estágio inicial (diâmetro≤1cm na tomografia computadorizada) para videotoracoscopia assistida (VATS) e toracotomia, considerando os poucos dados robustos na literatura que demonstram se a VATS tem a mesma eficácia oncológica que a cirurgia aberta.
Trata-se de um estudo fase 3 multicêntrico (5 centros terciários) na China com pacientes entre 18-75 anos com CPNC em estágio inicial submetidos a lobectomia radical (com linfadenectomia mediastinal e hilar) – intervenção padrão definida por protocolo para tratamento da doença. Os pacientes foram randomizados numa razão 1:1 entre VATS e toracotomia e os resultados oncológicos a longo-prazo avaliados e documentados foram a taxa de recidiva locorregional em 3 anos, a sobrevida global e o intervalo livre de doença (ILD).
Um total de 508 pacientes foram recrutados para o estudo entre janeiro 2008 a março 2014. 433 pacientes foram elegíveis para análise final (222 casos submetidos a VATS e 221 no grupo da toracotomia). Em 3 anos, a taxa de recidiva locorregional foi de 4,5% no grupo da VATS e 5,7% no grupo da toracotomia, respectivamente (P=0,664). Os pacientes submetidos à VATS tiveram uma taxa de ILD similar àqueles submetidos à cirurgia aberta (66% versus 69%, P=0,925; Fig 1A). A taxa de sobrevida global em 3 anos novamente não demonstrou diferença significativa entre os grupos da VATS e toracotomia (74% versus 73%, P=0,382; Fig 1B). A VATS, portanto, foi associada a eficácia oncológica equivalente a toracotomia no tratamento do CPNPC em estágio inicial.
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