Na última semana foi publicado na Blood o seguimento de longo prazo do estudo RESONATE, estudo de fase 3 que comparou ibrutinibe a ofatumumabe e embasou a aprovação de ibrutinibe para leucemia linfocítica crônica (LLC) recidivada de alto risco nos Estados Unidos e na Europa.
Neste follow-up, a superioridade da sobrevida livre de progressão (PFS) (HR, 0,133; IC95% 0,099-0,178) bem como o benefício de sobrevida global (HR, 0,591; IC95% 0,378-0,926) se mantiveram, ainda que com magnitude diminuída em relação ao observado antes do crossover para o ibrutinibe ser implementado para pacientes em ofatumumabe (HR, 0,426; IC95% 0,220-0,823). Notavelmente, a resposta global ao ibrutinibe aumentou com o tempo, com 91% dos pacientes atingindo resposta. O benefício da PFS com o ibrutinibe foi independente dos fatores de risco basais, embora pacientes com ≥2 terapias anteriores tivessem PFSs mais curtas do que aqueles com <2, e a presença de mutações TP53 ou SF3B1 mostrou uma tendência a PFS mais curtas. A duração mediana do ibrutinibe foi de 41 meses, com 46% dos pacientes em tratamento no seguimento mediano de 44 meses.
Eventos adversos de grau ≥3 diminuíram com o tempo, de tal forma que apenas uma pequena proporção de pacientes parou a terapia. Ibrutinibe foi descontinuado por progressão da doença em 27% dos pacientes. O estudo de longo prazo fornece suporte para a eficácia sustentada e a segurança do ibrutinibe na LLC recidivante/refratária.
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