Neste vídeo, Dra. Renata D’Alpino Peixoto, oncologista no Centro Paulista de Oncologia, comenta sobre três estudos que obtiveram destaque durante o 2023 ASCO GI Cancers Symposium, e que possuem potencial de mudança da prática clínica.
A especialista comenta sobre os dados dos estudos clínicos SUNLIGHT e NAPOLI-3, e de outro que visou determinar o melhor intervalo de tempo para a detecção de DNA tumoral circulante após cirurgia ou terapia adjuvante. Vale a pena assistir o conteúdo completo!
Durante o 2023 ASCO GI Cancers Symposium foram apresentados os dados do estudo clínico SUNLIGHT. Este estudo foi conduzido para confirmar dados anteriores que demonstraram eficácia promissora de trifluridina/tipiracil (FTD/TPI) mais bevacizumabe (Bev) em pacientes fortemente pré-tratados com câncer colorretal metastático (mCRC). Este é um estudo global de fase 3, que recrutou pacientes com mCRC e tratados com 1-2 esquemas de quimioterapia anteriores em um cenário avançado, incluindo fluoropirimidinas, irinotecano, oxaliplatina, um anticorpo monoclonal anti-VEGF (se considerado clinicamente) e/ou anticorpo monoclonal anti-EGFR para tumores RAS de tipo selvagem.
Os dados do SUNLIGHT demonstraram que FTD/TPI associado a Bev promoveu um benefício clínico e estatisticamente significativo, promovendo um acréscimo de 3,3 meses em sobrevida global, estendendo a mediana de sobrevida para 10,8 meses, o que representa uma redução de 39% no hazard ratio de morte para os pacientes com câncer colorretal metastático refratário. Além disso, o perfil de segurança foi aceitável e previsível.
Outro estudo comentado foi o NAPOLI-3. Este é um estudo de fase 3, randomizado e global, que avaliou a eficácia e segurança do esquema NALIRIFOX em comparação com nab-paclitaxel + gemcitabina (Gem+NabP) como terapia de primeira linha em pacientes com câncer de pâncreas metastático (mPDAC.). O racional deste estudo vem de um estudo prévio de fase 1/2 demonstrou atividade antitumoral promissora em pacientes com câncer de pâncreas metastáticos tratados em primeira linha com a combinação irinotecano lipossomal 50 mg/m 2 + 5-FU 2400 mg/m 2 + LV 400 mg/m 2 + oxaliplatina 60 mg/m2; esquema terapêutico chamado de NALIRIFOX.
A utilização de NALIRIFOX na primeira linha de tratamento demonstrou melhora clinicamente significativa e estatisticamente significativa em termos de sobrevida global e de sobrevida livre de progressão, em comparação com Gem+NabP em pacientes virgens de tratamento com mPDAC; além de ter apresentado um perfil de segurança administrável.
Por fim, a especialista comentou sobre os dados de um estudo clínico retrospectivo e multi-institucional que teve como objetivo estabelecer o momento ideal da coleta de sangue para a detecção confiável de DNA tumoral circulante (ctDNA) derivado do tumor após cirurgia, minimizando as possíveis interferência causadas pelos altos níveis de DNA livre de células (cfDNA).
Este foi um dos primeiros estudos aprofundados em larga escala avaliando as flutuações baseadas no tratamento no cfDNA pós-operatório e sua correlação com a positividade do ctDNA. As análises não demonstraram nenhum impacto significativo dos níveis plasmáticos de cfDNA nas taxas de detecção de ctDNA em diferentes janelas de doença residual mínina usando uma abordagem informada pelo tumor. Segundo os autores, isso pode afetar a aplicação no mundo real de testes personalizados de ctDNA, permitindo janelas de teste mais precoces, além de possibilitar a orientação de estudos clínicos usando ctDNA como um biomarcador integral.
No vídeo, Dra. Renata comenta os dados completos destes estudos, destacando as suas implicações e destacando como os resultados podem direcionar a prática clínica. Vale a pena conferir o conteúdo na íntegra!
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