Pembrolizumabe é aprovado pelo FDA para tratamento de câncer de esôfago avançado - Oncologia Brasil

Pembrolizumabe é aprovado pelo FDA para tratamento de câncer de esôfago avançado

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No último dia 30 de julho, a agência regulatória Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou o anti-PD1 pembrolizumabe (Keytruda®) para tratamento de pacientes com carcinoma de células escamosas (CEC) de esôfago recidivado, metastático ou localmente avançado. A medicação poderá ser usada em casos de tumores que expressem PD-L1 com combined positive score (CPS) ≥ 10%, em pacientes que tenham progredido a pelo menos uma linha de tratamento sistêmico prévio. O teste aprovado para avaliação de PD-L1 foi o 22C3 pharmDx, que permite avaliação da expressão da molécula por imuno-histoquímica.

A aprovação se baseou nos resultados de dois estudos clínicos, o KEYNOTE-181 e o KEYNOTE-180. O KEYNOTE-180 foi um estudo anterior, de braço único, que recrutou 121 pacientes com câncer de esôfago avançado que haviam progredido a pelo menos 2 linhas prévias de tratamento. Os desfechos primários de taxa de resposta (TR) e duração de resposta (DR) foram especialmente significativos na população com CEC e PD-L1 CPS ≥ 10%, com TR de 20% e DR de 6 meses ou mais em 71% dos pacientes e de 12 meses ou mais em 57% dos pacientes desse subgrupo.

Já o primeiro estudo citado randomizou 628 pacientes com câncer de esôfago avançado para tratamento com pembrolizumabe 200 mg a cada 21 dias ou quimioterapia com paclitaxel, docetaxel ou irinotecano, conforme escolha do investigador. Na análise do desfecho primário de sobrevida global (SG), o hazard ratio (HR) foi de 0,64 (IC 95% 0,46-0,90) em pacientes com CEC e PD-L1 CPS ≥ 10% e as medianas foram de 10,3 vs. 6,7 meses na população geral do estudo, favorecendo o braço da imunoterapia.

Os eventos adversos foram similares aos vistos em pacientes com melanoma e câncer de pulmão tratados com o anti-PD1, incluindo, entre os mais frequentes, fadiga, mialgia, prurido, diarreia, náusea, rash, febre, tosse, dispneia, obstipação e dor abdominal.

A aprovação dessa medicação traz uma nova e importante opção de tratamento aos pacientes com câncer de esôfago estádio IV, doença para a qual usualmente não se dispõe de uma vasta gama de medicações e na qual respostas duradouras são raras.

Veja a publicação oficial do FDA aqui.