Publicado o estudo TITAN que demonstrou maior sobrevida com apalutamida para câncer de próstata metastático sensível à castração - Oncologia Brasil

Publicado o estudo TITAN que demonstrou maior sobrevida com apalutamida para câncer de próstata metastático sensível à castração

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O câncer de próstata metastático sensível à castração (CPSCm) é classicamente tratado com terapia de privação androgênica (em inglês, androgen deprivation therapy, ADT) exclusiva, mas, nos últimos anos, o acréscimo de antiandrogênicos periféricos ou de docetaxel se mostrou eficaz em aumentar a sobrevida dos pacientes nesse cenário. A apalutamida, um inibidor do receptor de androgênio, foi testada em novo estudo de fase III randomizado e duplo-cego, para tratamento de pacientes com CPSCm e foram avaliados os desfechos de sobrevida livre de progressão radiológica (SLPr) e sobrevida global (SG).

O estudo TITAN randomizou 1052 pacientes com CPSCm, que já podiam ter recebido docetaxel por 6 ciclos ou ADT por até 6 meses para doença metastática, para receber apalutamida 240 mg/dia ou placebo, ambos associados a ADT. Era necessária a confirmação de doença metastática óssea, com ou sem acometimento linfonodal ou visceral, e tratamentos locais prévios para doença inicial ou para metástases específicas também foram permitidos. Aproximadamente 62,7% dos indivíduos recrutados tinham doença considerada de grande volume.

A apalutamida levou a aumento de SLPr em 24 meses, com taxas de 68,2% vs. 47,5% para o grupo do placebo (HR 0,48; IC 95% 0,39-0,60; p < 0,001). Houve aumento também da SG em 24 meses, com taxas de 82,4% para o grupo de apalutamida e 73,5% para o do placebo (HR 0,67; IC 95% 0,51-0,89; p = 0,005). Não houve aumento significativo de toxicidades no braço de apalutamida, sendo o rash cutâneo o único efeito colateral mais frequente com o antiandrogênico, enquanto que a incidência de eventos adversos graus 3-4 foi similar entre os dois grupos (42,2% apalutamida vs.40,8% placebo).

Dados do TITAN foram apresentados na ASCO 2019 e recentemente publicados no New England Journal of Medicine. A publicação completa você pode conferir aqui.