O carcinoma escamoso do esôfago localmente avançado é uma doença grave, com sobrevida em 5 anos de apenas 25% após o tratamento cirúrgico isolado. O uso de quimiorradioterapia neoadjuvante seguido de cirurgia para o câncer escamoso do esôfago localmente avançado permanecia controverso, mas recente estudo fase III demonstrou benefício significativo de sobrevida com esta modalidade versus o uso de cirurgia isolada.
No estudo NEOCRTEC5010, 451 pacientes com tumor torácico potencialmente ressecável (T1-4N1M0 / T4N0M0) foram aleatoriamente alocados. O grupo que recebeu terapia neoadjuvante (CRT – sendo o regime baseado em vinorelbina e cisplatina) teve maior taxa de ressecção R0 (98,4% vs 91,2%; P = 0,002), melhor sobrevida global (mediana: 100,1 meses vs 66,5 meses; P =, 025) e aumento da sobrevida livre de doença (100,1 meses vs 41,7 meses; p: 0,001) que o grupo tratado com cirurgia isolada. Leucopenia (48,9%) e neutropenia (45,7%) foram os efeitos adversos de grau 3 e 4 mais comuns durante a quimiorradioterapia. As incidências de complicações pós-operatórias foram semelhantes entre grupos, com exceção da arritmia (13% vs 4,0%; P = 0,001); no geral, os eventos adversos aceitáveis e gerenciáveis.
Segundo os autores do estudo, estes resultados são importantes para a revisão de políticas e decisões terapêuticas para pacientes com câncer escamoso do esôfago localmente avançado e potencialmente ressecável.
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