[VÍDEO] - Metaboloma e epigenética: a ciência por trás da obesidade em destaque no Congresso da AACR - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Metaboloma e epigenética: a ciência por trás da obesidade em destaque no Congresso da AACR

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Que a obesidade pode causar câncer, todo mundo sabe. O que está sendo revelado no Congresso da AACR, em Chicago, é a comprovação científica dessa verdade. Dra. Nise Yamaguchi, oncologista e imunologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e diretora da Associação Brasileira de Mulheres Médicas, participou de várias sessões onde o tema foi tratado com profundidade.

Atendendo ao convite do Grupo Oncologia Brasil, Dra. Nise, como é conhecida, fez uma avaliação dos trabalhos apresentados. Ela lembrou que, no Brasil, mais de 40% dos jovens e 60% dos adultos estão acima do peso. “Isso significa que estamos diante de uma epidemia mundial. E prova que o que acontece com nosso organismo acaba influenciando a incidência do câncer.”

Um dos trabalhos apresentados no Congresso mostrou as alterações genéticas e de metabolismo que ocorrem com os obesos, que tendem a ter vários tipos de câncer, como de intestino, mama, próstata e pâncreas, trazendo uma mutação na dinâmica de como as células se comportam.

Dra. Nise, bastante entusiasmada com o tema, comentou que, além das oportunidades de pesquisa sobre metabolismo envolvendo arginina e glutamina, os estudos estão focando o metaboloma, que é como estudamos o metabolismo. “Temos ainda os estudos que envolvem a microbiota, que é tudo aquilo que permanece no intestino e tem interface com o sistema imunológico – inclusive, dependendo dos tipos de bactérias que estão no intestino, a pessoa vai ter menor resposta aos tratamentos imunológicos”, acrescentou.

A médica destacou ainda que “algo extraordinário é pensar que existem alterações no genoma da pessoa, através da epigenética; então metilação e desmetilação ocorrem dependendo muito da qualidade da alimentação”. Em relação aos exercícios, ela lembrou que “há aspectos imunológicos e genéticos que são alterados e tiveram comprovação científica no Congresso da AACR”.

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