Combinando inibidores de checkpoints e quimioterapia para melhorar a resposta em tumores sólidos

A imunoterapia contra o câncer mudou o padrão de tratamento para um subgrupo de pacientes com doença avançada. O bloqueio do ponto de checagem imune (ICB), em particular, mostrou melhora na sobrevida em vários tipos de tumores, porém ainda é ineficaz em pacientes com tumores que não são infiltrados por células do sistema imunológico, os chamados tumores frios.

Uma revisão do Annals of Oncology descreve os efeitos de diferentes agentes quimioterápicos no sistema imune e o valor potencial desses diferentes tipos de quimioterapia como parceiros de combinação com ICB em pacientes com tumores sólidos. Foram analisados dados pré-clínicos e ensaios clínicos em andamento. A combinação do ICB com outras modalidades de tratamento pode levar a melhores condições imunológicas no microambiente do tumor e, assim, aumentar a resposta imune antitumoral, mesmo em tipos de tumores que até o momento não respondem à monoterapia com ICB. A quimioterapia, que originalmente era considerada apenas imunossupressora, pode exercer efeitos imunomoduladores que podem ser benéficos em combinação com a imunoterapia.

Para certos agentes quimioterápicos, o momento, a dose e a sequência de administração junto com um ICB é importante. Os estudos devem se concentrar na determinação das combinações de drogas ideais, efeitos de sequência e perfis de tempo-concentração ideais em modelos pré-clínicos representativos.

Saiba mais: https://doi.org/10.1093/annonc/mdy551