Brentuximab vedotin é estudado em Linfoma de Hodgkin recidivado o refratário pediátrico - Oncologia Brasil

Brentuximab vedotin é estudado em Linfoma de Hodgkin recidivado o refratário pediátrico

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Apesar do progresso no tratamento do linfoma de Hodgkin (LH) e do linfoma anaplásico sistêmico de grandes células, o tratamento da doença recidivante ou refratária permanece desafiador. Um estudo multicêntrico publicado recentemente no The Lancet Haematology por Locatelli F. et al avaliou brentuximab vedotin em pacientes pediátricos de 7-18 anos com LH recidivado ou refratário ou linfoma anaplásico de grandes células.

No estudo fase 2, 19 pacientes com LH e 17 com linfoma anaplásico de grandes células foram randomizados para brentuximabe a 1,4 mg / kg (fase 1) ou 1,8 mg / kg (fases 1 e 2) por infusão intravenosa a cada 3 semanas por até 16 ciclos. Dentre os critérios de exclusão, os pacientes não poderiam ter recebido tratamento prévio com anticorpo anti-CD30. A proporção de pacientes que obtiveram resposta global foi de 47% para linfoma de Hodgkin clássico e 53% para linfoma anaplásico de grandes células. Na data de corte dos dados, todos os 36 pacientes haviam descontinuado a droga; o motivo mais comum foi progressão da doença (15 pacientes). A dose recomendada para a fase 2 foi de 1,8 mg / kg. Todos os 36 pacientes tiveram um evento adverso (EA) devido ao tratamento e 16 pacientes (44%) tiveram pelo menos um EA grau 3 ou pior devido ao tratamento. Os EAs incluíram pirexia e náusea, bem como neutropenia e aumento da gama-glutamil transpeptidase.

O brentuximabe vedotin apresentou toxicidade manejável e foi associado a respostas clinicamente significativas em pacientes pediátricos com linfoma de Hodgkin recidivante ou refratário ou linfoma anaplásico de grandes células, e pode permitir o transplante de células-tronco subseqüente em alguns pacientes inicialmente inelegíveis para transplante de células-tronco.

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