Neste vídeo, Dra. Solange Sanches, médica oncologista e coordenadora da equipe de Mama do A. C. Camargo Cancer Center, comenta sobre o estudo GIM 2, que após um seguimento mediano de 15 anos, demonstrou uma taxa de 76% de pacientes vivas. A especialista fala sobre questões importantes para manutenção da qualidade de vida destas pacientes durante o período prolongado de tratamento
O estudo clínico GIM 2 avaliou pacientes com câncer de mama com linfonodo positivo submetidas a quimioterapia adjuvante com antraciclinas em dose densa (administrado por via intravenosa a cada 2 semanas com suporte de pegfilgrastim) ou antraciclinas em intervalo padrão (a cada 3 semanas).
Na análise primária do estudo, a sobrevida livre de doença (SLD) e a sobrevida global (SG) melhoraram significativamente com o esquema em dose densa de antraciclinas. Da mesma maneira, os dados finais do estudo após uma mediana de 15 anos de seguimento, mantiveram o benéfico de SLD e SG. Sendo que as pacientes apresentaram uma redução de risco de progressão de doença em 23% (HR 0,77, IC 95% 0,67-0,89; p <0,001), além de uma redução do risco de morte em 28% (HR 0,72, IC 95% 0,60-0,86, p <0,001).
Tendo em vista estes dados, Dra. Solange comenta que a utilização de antraciclinas em dose densa se torna o padrão de tratamento para esse perfil de pacientes com linfonodos comprometidos. Segundo a especialista, para este tipo de tratamento quimioterápico de longo prazo, é necessário que um fator estimulante de colônia seja utilizado em conjunto, para que a medula da paciente se recupere a tempo de receber o próximo ciclo de quimioterapia.
Neste sentido, pegfilgrastim é uma excelente opção para essas pacientes, já que apresenta grande eficácia e segurança. O pegfilgrastim permite que a paciente realize uma aplicação única ao invés de aplicações seriadas do filgrastim convencional, o que traz mais comodidade para a paciente. Além disso, é destacada a comodidade do dispositivo injetável do pegfilgrastim, o qual permite que, ao término da quimioterapia, a paciente já tenha o dispositivo implantado. Desta forma, o dispositivo fará aplicação do medicamento 24-27h após a sessão da quimioterapia.
Dra. Solange destaca que estes são fatores que contribuem para a melhora da qualidade de vida e comodidade das pacientes, e que é de extrema importância que o médico oncologista se atente a tais questões. No vídeo, a especialista detalha o desenho e dados do estudo menciona, comentando suas implicações clínicas, e os correlaciona com a utilização de agentes estimuladores de colônia, o que garante uma melhora da qualidade de vida na paciente. Vale a pena assistir e conferir o conteúdo completo!
Referências:
Del Mastro L, et al., Lancet. 2015 May 9;385(9980):1863-72. doi: 10.1016/S0140-6736(14)62048-1.
Lucia Del Mastro et al., 134O – Dose-dense adjuvant chemotherapy in early-stage breast cancer patients: End-of-study results from a randomised, phase III trial of the Gruppo Italiano Mammella (GIM). Annals of Oncology (2022) 33 (suppl_7): S55-S84. 10.1016/annonc/annonc1038
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