O panitumumabe é um tratamento aprovado para pacientes com câncer colorretal metastático e RAS selvagem. Em estudo publicado no JAMA Oncology, foi avaliado o papel da terapia de manutenção com panitumumabe e se a monoterapia com o anti-EGFR seria não-inferior a seu uso combinado a fluorouracil (5FU) e leucovorin, após quatro meses de tratamento de indução com o monoclonal em associação a FOLFOX-4.
O estudo italiano de fase II avaliou 229 pacientes sem tratamento prévio para doença metastática, que foram randomizados para terapia de manutenção com panitumumabe + 5FU + leucovorin (braço A) ou panitumumabe (braço B) até progressão ou toxicidade limitante.
O desfecho primário de sobrevida livre de progressão (SLP) em 10 meses foi negativo para o braço de panitumumabe monodroga (59,9% braço A vs. 49,0% braço B), com HR 1,857 ultrapassando a margem de 1,515 estabelecida para não-inferioridade. O grupo de terapia combinada teve maior incidência de eventos adversos significativos, com 42,4% vs. 16% de taxas de efeitos colaterais grau 3 ou superior.
Dados esses resultados, a terapia de manutenção com panitumumabe isolado foi considerada potencialmente inferior ao uso em combinação com 5FU + leucovorin e possivelmente não seria indicada nesse cenário. Os resultados completos podem ser encontrados aqui.
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