Foi publicado na recente edição da JCO um estudo que avaliou a eficácia e a toxicidade da quimio-imunoterapia seguida por radioterapia de cérebro total (WBRT) ou quimioterapia intensiva e transplante autólogo de células-tronco (ASCT) como tratamento de primeira linha do linfoma primário do sistema nervoso central (LPSNC).
Foram recrutados 140 pacientes, que foram randomizados para receber WBRT ou ASCT como tratamento de consolidação após quimioterapia de indução consistindo em dois ciclos de R-MBVP (rituximabe, metotrexate, VP16, BCNU, prednisona) seguida por dois ciclos de R-AraC (rituximabe, citarabina). A quimioterapia intensiva consistiu de tiotepa, busulfan e ciclofosfamida. O WBRT forneceu 40 Gy. As taxas de sobrevida livre de progressão de 2 anos foram de 63% e 87% nos braços de WBRT e ASCT, respectivamente. As mortes por toxicidade foram registradas em um e cinco pacientes após WBRT e ASCT, respectivamente. O comprometimento cognitivo foi observado após o WBRT, enquanto as funções cognitivas foram preservadas ou melhoradas após o ASCT.
WBRT e ASCT são tratamentos efetivos de consolidação para pacientes com LPSNC com 60 anos ou menos. Os desfechos de eficácia tenderam a favorecer o braço do ASCT. O risco específico de cada procedimento deve ser considerado.
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