Manutenção com olaparibe em pacientes com carcinoma de ovário previamente tratadas com iPARP - Oncologia Brasil

Manutenção com olaparibe em pacientes com carcinoma de ovário previamente tratadas com iPARP

2 min. de leitura

O estudo OReO/ENGOT Ov-38de fase IIIb, avaliou o papel do olaparibe em pacientes com carcinoma de ovário que já haviam sido tratadas com iPARP previamente

 

As pacientes incluídas tinham câncer de ovário não mucinoso sensível a platina, já haviam recebido iPARP previamente e apresentaram resposta a quimioterapia baseada em platina mais recente. Os pacientes foram randomizados (2:1) para receber ou olaparibe 300mg ou placebo, utilizando até progressão de doença. Os pacientes foram divididos (1:1) baseados em se eram portadores ou não de mutação em BRCA1/2. Então, a coorte de pacientes com mutação em BRCA1/2 (n=112), foi randomizada para receber olaparibe (n=74) e placebo (n=38). O mesmo foi feito com os pacientes que não apresentaram mutações em BRCA1/2 (n=108; O: n=72; P: n=36). O desfecho primário do estudo foi a sobrevida livre de progressão (SLP). 

Para a primeira coorte, de pacientes com mutação em BRCA1/2, a SLP mediana foi de 4,3 meses para o grupo olaparibe, e de 2,8 meses para o grupo placebo (IC 95%; HR=0,57; 0,37-0,87; p=0,022). Na coorte sem mutação do BRCA1/2, a SLP mediana foi de 5,3 meses para o grupo olaparibe e de 2,8 para os pacientes do grupo placebo (IC 95%; HR=0,43; 0,26- 0,71; p=0,022). No braço BRCA1/2 mutado, eventos adversos grau 3+ foram reportados em 15% das pacientes que receberam olaparibe vs 5% no grupo placebo. Para as pacientes com BRCA não mutado, os eventos adversos foram reportados em 21% no grupo olaparibe e em 8% do grupo placebo. 

Pode-se valorar que o trial em questão tem aplicabilidade clinica por fornecer dados relativos ao rechallenge com inibidores da PARP em pacientes com carcinoma de ovário. Os dados almejados foram obtidos e houve aumento significativo da sobrevida livre de progressão no grupo que recebeu olaparibe, independentemente do status de mutação do BRCA. A segurança e tolerabilidade do medicamento foi compatível com dados da literatura já estabelecidos. 

 

Referências:  

A Study to Examine Olaparib Maintenance Retreatment in Patients With Epithelial Ovarian Cancer. (OReO). Presented by Eric Pujade-Lauraine at Proffered Paper session – Gynaecological cancers. Fri, 17.09.2021. 

© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou tratamentos.

Veja mais informações em nosso Aviso Legal