Atualizações do estudo KEYNOTE-158: uso de pembrolizumabe em pacientes com câncer endometrial - Oncologia Brasil

Atualizações do estudo KEYNOTE-158: uso de pembrolizumabe em pacientes com câncer endometrial

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O medicamento demonstrou benefício durável e clinicamente significativo em pacientes com tumores MSI-H/dMMR avançados previamente tratados  

Existem poucas opções para o tratamento de alta instabilidade de microssatélites (MSI-H) avançado ou para tumores deficientes de reparo de incompatibilidade (dMMR, na sigla em inglês) que já tenham sido previamente tratados. O uso do pembrolizumabe, então, se mostrou uma boa alternativa, apresentando benefícios duráveis e clinicamente significativos, nesses tipos de tumor. Dados prévios do estudo KEYNOTE-158 (NCT02628067), não randomizado, aberto, de fase II, demonstraram uma taxa de resposta objetiva de 57%, observada em 49 pacientes do estudo. A atualização apresenta um acompanhamento mais longo e em um número maior de pacientes do KEYNOTE-158. 

Para a realização do estudo, foram comparados dois braços. O primeiro, classificado com a letra D, reuniu pacientes que já haviam tratado câncer endometrial avançado, tanto MSI-H quanto dMMR. O segundo, o K, incluiu participantes com qualquer tumor sólido MSH-H ou dMMR, com exceção do colorretal. Os pacientes, então, receberam 200mg de pembrolizumabe Q3W em até 35 ciclos.  

O desfecho primário foi a taxa de resposta objetiva de 57%, de acordo com os critérios do RECIST v1.1, feitos por uma revisão radiológica independente. Já os desfechos secundários incluíram a duração da resposta ao tratamento, pacientes livres de progressão e taxa de sobrevida global. A eficácia considerou todos os pacientes que receberam pelo menos uma dose de pembrolizumabe e tiveram pelo menos 26 semanas de acompanhamento. Do total dos pacientes, 20% completaram os 35 ciclos de pembrolizumabe até 5 de outubro de 2020 e 58% descontinuaram o tratamento. 

Dessa forma, concluiu-se que o tratamento com pembrolizumabe apresentou uma taxa de reposta objetiva segura e durável, com desfechos de sobrevida significativos e toxicidade controlada, nos pacientes com câncer endometrial avançado, tanto MSI-H quanto dMMR previamente tratado. 

Referência:  

O’Malley, et al. Pembrolizumab (pembro) in patients (pts) with microsatellite instability-high (MSI-H) advanced endometrial cancer (EC): Updated results from KEYNOTE-158. Abstract S730, 795MO. V. 32, Issue S5, 2021.